A dimensão humana

Noites atrás eu tive a oportunidade de parar e ficar admirando o céu estrelado, e comecei a devanear sobre o ser humano e o infinito. Pensei na nossa galáxia, a Via Láctea, que tem entre 200 e 250 bilhões de estrelas, e pertence a um grupo chamado de Grupo Local, que somam 20 galáxias. E esta é apenas uma pequena parte do universo.

 

Por incrível que pareça,existem pessoas que duvidam de um criador, de alguém que iniciou essa magnitude criativa, e que isto surgiu do nada, de uma gênese involuntária, ou sem que houvesse uma mão criadora, o chamado “Arquiteto do universo”.

 

Somos grãos de areia, ou poeiras cósmicas nesse caleidoscópio miraculoso, e quando colocamos o ser humano na história, que em tese vive apenas em um pequeno planeta desse imponderável universo, começamos a entender o quanto de arrogância nós temos nas nossas relações com nossos semelhantes, e com o nosso planeta.

 

A Rio +20 foi na verdade uma demonstração do quanto estamos longe de proteger a Terra, como fazemos com a nossa casa. A ganância e o egoísmo transformaram todos nós em kamikazes destruidores da vida do nosso planeta. Para que eu tenho no meu guarda-roupa camisas ou calças que eu não uso há mais de um mês? Uma parcela de nós tem complexo de centopeia, pois temos dezenas e às vezes centenas de sapatos, apartamentos com quatro vagas de garagem e, em cada esquina, uma loja de colchões. Ciclovias? Nem pensar! Transporte, só individual. Além disso, para se produzirem um quilo de soja são consumidos 2300 litros de água. Por um bife de cerca de300 gramas são necessários 5 mil litros, e apenas 3% da água do nosso planeta é potável.

 

Somente em 1987 a ONU demonstrou preocupação com o desenvolvimento sustentável, e apresentou para o mundo um documento chamado Nosso Futuro Comum, coordenado pela primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland. Em 1992 foi realizada a Eco92, no Rio de Janeiro, e de lá pra cá muito pouca coisa mudou no planeta, e se mudou foi para pior, pois as mega corporações cada vez ganham mais poder, e os Estados/nações são cada vez mais subordinados aos interesses mesquinhos e gananciosos da lógica capitalista.

 

De tempos em tempos o sistema entra em fadiga, e as crises intermitentes do capitalismo se colocam de forma cada vez mais avassaladoras, e por incrível que pareça quem paga o “pato”são as nações, pois os governos se juntam e começam a distribuir megaempréstimos de socorro para os Estados se endividarem, e estes por sua vez transferem para as grandes corporações e para o sistema financeiro, evitando o prejuízo destes em detrimento de todo o povo. É um cassino em que a banca nunca perde, e são as nações que pagam as contas com o desemprego, a fome e a miséria. Na década de 1930 foi a grande depressão dos Estados Unidos que afetou o mundo. Agora, a Europa, o Japão e os Estados Unidos novamente são vilipendiados pela ganância contumaz da burguesia sem bandeira e sem nação.

 

Parem o sistema que eu quero descer!!!

 

Eliézer Tavares

Vereador de Vitória - PT

Administrador de Empresas e Mestre em Educação

Data de Publicação: segunda-feira, 16 de julho de 2012

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